terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ondas da Alma


Que dirias tu de mim, se me deixasse cair nas profundezas do nada?
Se me deixasse vencer, se me deixasse de ser mar de incertezas e loucuras sem fim?
Que seria de mim, se nem por mim procurasse nem amasse?
Que seria de mim, sem sóis, sem luzes na vida?
Que seria de mim assim, perdida no tempo pesado, albergando um fardo só meu, sem que eu alguma vez o tivesse escolhido?
Marés vivas, revoltadas com o seu interior, tentam expressar a sua dor em ondas devastadoras, arrasadoras e, até, mortíferas! Ondas loucas, mas ondas que sabem que ondas são, por serem águas agressivas e sentidas, por serem o reflexo do seu estado interior.
Ondas mansas, ondas calmas, insatisfeitas com o vento que lhes direcciona o rumo a seguir. Donas de si estão cientes de tudo aquilo que são, ou de grande parte.
São as ondas que nunca revelarão as revoltadas à terra (n)vossa.