As flores dançam leves e harmoniosas consoante lhes indica o vento movimentos vários. Estão soltas e radiantes, libertam um cheiro inigualável, ímpar, seu.
As nuvens que rasgam o céu colocam a pureza do branco a um canto. Por elas rasgam-se, por sua vez, grandiosos raios que me incomodam os olhos, mantendo-os por isso, semicerrados.
Rodo a cabeça para ter uma maior amplitude deste cume.
É oficial. Ergo-me sobre o pico mais alto da montanha e apercebo-me, de facto, que me encontro no topo. Tenho uma visão enorme e quero unicamente absorver a plenitude desta sensação.
Não importa o caos em que vivo, quero esquecê-lo por momentos e dedicar este pedaço ao amor. Uma palavra cheia e imensamente vasta.
Sinto o corpo caloroso do sol que se mostra, observo ao longe a sonoridade da água da fonte que cai sapiente, cuidadosa, harmoniosa, toda ela cheia de magia, apazigua-me o coração.
Eu amo esta paisagem. E tão-só por amar é que a amo. Sejamos mais claros é, exclusivamente, por amar que tenho acesso a esta imagem que amo porque o amor é contagiante e faz-nos reproduzi-lo nas ínfimas coisas, faz-nos sonhar com o impensável e amar descontroladamente.
E por muito aprazível que seja um prédio cinzento ser quase como um castelo quinhentista enfeitiçado, essa imagem não é mais do que algo controlado pela felicidade manipulada pelo amor. É falacioso. Mostra-nos o que não existe nem que – nunca – terá lugar.
É doce a relva que piso. Deito-me nela e logo esta se torna áspera, austera e agressiva, diria até que, repulsiva. Afasto-me da fantasia e percepciono o real.
O sonho é quase perfeito se conseguido com trabalho para que não se torne apenas uma sedutora ilusão. Tem um bálsamo tão irresistível que cedo compulsivamente e me deixo levar nesta beleza imensa.
Corro, penso, tropeço, canto, caminho, danço, rio, pinto, voo, mergulho, nado, brinco, deliro, falo, grito, sorrio, abraço, beijo, acaricio, vivo e não passa tudo de uma fantasia onde quero fingir ser, sabendo, perfeitamente, todos os danos colaterais.
No mundo da magia e da ficção vive o amor.
Mas o amor não vive, unicamente, nesse local metafísico, também vive aqui no cinzento real, onde do seu paradeiro não sei dizer.
Talvez por isso o fácil seja o mais acessível. Talvez por isso ame o real, mas mais o mundo do fantástico, uma vez que existe a reciprocidade colorida que não encontro no mundo saturado.
As nuvens que rasgam o céu colocam a pureza do branco a um canto. Por elas rasgam-se, por sua vez, grandiosos raios que me incomodam os olhos, mantendo-os por isso, semicerrados.
Rodo a cabeça para ter uma maior amplitude deste cume.
É oficial. Ergo-me sobre o pico mais alto da montanha e apercebo-me, de facto, que me encontro no topo. Tenho uma visão enorme e quero unicamente absorver a plenitude desta sensação.
Não importa o caos em que vivo, quero esquecê-lo por momentos e dedicar este pedaço ao amor. Uma palavra cheia e imensamente vasta.
Sinto o corpo caloroso do sol que se mostra, observo ao longe a sonoridade da água da fonte que cai sapiente, cuidadosa, harmoniosa, toda ela cheia de magia, apazigua-me o coração.
Eu amo esta paisagem. E tão-só por amar é que a amo. Sejamos mais claros é, exclusivamente, por amar que tenho acesso a esta imagem que amo porque o amor é contagiante e faz-nos reproduzi-lo nas ínfimas coisas, faz-nos sonhar com o impensável e amar descontroladamente.
E por muito aprazível que seja um prédio cinzento ser quase como um castelo quinhentista enfeitiçado, essa imagem não é mais do que algo controlado pela felicidade manipulada pelo amor. É falacioso. Mostra-nos o que não existe nem que – nunca – terá lugar.
É doce a relva que piso. Deito-me nela e logo esta se torna áspera, austera e agressiva, diria até que, repulsiva. Afasto-me da fantasia e percepciono o real.
O sonho é quase perfeito se conseguido com trabalho para que não se torne apenas uma sedutora ilusão. Tem um bálsamo tão irresistível que cedo compulsivamente e me deixo levar nesta beleza imensa.
Corro, penso, tropeço, canto, caminho, danço, rio, pinto, voo, mergulho, nado, brinco, deliro, falo, grito, sorrio, abraço, beijo, acaricio, vivo e não passa tudo de uma fantasia onde quero fingir ser, sabendo, perfeitamente, todos os danos colaterais.
No mundo da magia e da ficção vive o amor.
Mas o amor não vive, unicamente, nesse local metafísico, também vive aqui no cinzento real, onde do seu paradeiro não sei dizer.
Talvez por isso o fácil seja o mais acessível. Talvez por isso ame o real, mas mais o mundo do fantástico, uma vez que existe a reciprocidade colorida que não encontro no mundo saturado.