sábado, 28 de dezembro de 2013

São as Nossas Escolhas Que Nos Definem

São as nossas escolhas que nos definem. Não poderia ser um dito mais acertado. É claro que a nossa personalidade tem muito a dizer de nós, talvez até mais que nós próprios. Contudo, são os caminhos que escolhemos que nos moldam, que nos transformam e que nos dizem quem somos.
Esta minha conclusão provém de um resumo de situações que coleccionei de pessoas que já me foram tão próximas e que, agora, as nossas escolhas diferenciaram-nos de tal modo que nos tornámos irreconhecíveis uns para os outros. Não há mais identificação. Neste sentido, é legítimo que defenda que são as nossas escolhas que ditam a nossa identidade, quem queremos ser. 
Acredito ainda que, são as escolhas mais difíceis que nos tornam melhores pessoas. São contra vontade e, por isso, há um maior empenho. É como lutar contra a nossa personalidade.
É claro que é difícil mudar algo que não gostamos em nós na sua totalidade, mas com vontade, conseguimos amenizar. Eu já o fiz e talvez por isso espere tanto dos outros. A verdade é que nem todos querem escolher esse caminho, de combater algo que não gostamos em nós pois é uma luta muito difícil e sabemos que nunca seremos totais vencedores pois ficará sempre lá um bichinho.
O pensar nas diferenças que me distinguem de quem já me foi tão próximo pôs-me a pensar numa justificação para esse facto porque para mim tudo tem de ter algum sentido. Por agora, é assim que o justifico. Cada um segue o seu caminho, o caminho que o vai definir por aí adiante - o mais importante. Sim, penso que são as nossas escolhas na juventude que definem tudo o resto e quem já foi nosso compincha, vêmo-lo agora como alguém com quem já não temos nada em comum. Porquê? Porque as nossas escolhas geraram experiências diferentes, não comuns, que nos foram apartando e os pequenos fios dissociaram-se, já nem se conhecem.
Conheço-lhes o nome apenas. Aquela pessoa que aparenta ser a pessoa que já me foi tão especial é agora um outro ser que lhe roubou a aparência e o nome, que lhe roubou a vida, a sua identidade. 
O mesmo pensarão de mim. 
Nesta acepção, considero muito acertada esta máxima: são as nossas escolhas que nos definem e, por isso, temos de ser muito cuidadosos porque podem definir o nosso futuro e, por vezes, não se pode mais voltar atrás.