Puxaram a corda que me segurava e, deixaram-me caída num chão longínquo que não conheço.
Fui tudo sou nada.
Quero chorar e confessar-me, quero ser ouvida pelas vozes que só na minha mente guardo.
Oiço o barulho ensurdecedor que as gotas de chuva produzem quando entram em contacto com o mesmo chão onde me vejo sentada. Sozinha no silêncio, falo e só a mim me oiço.
Oiço o meu nome na chuva e não lhe respondo.
Perdi a minha identidade pois perdi o meu rumo e, até, o caminho de casa. Não quero regressar, nem sei já fazê-lo, nem sequer as minhas pessoas de outrora querem que o faça.
Estou sozinha e presa à minha infelicidade.
– Que se me mostre uma luz! – Grito.
A minha voz ecoa entretida por entre as paredes caiadas que me cercam. Tudo permanece indiferente como dantes.
A chuva teima em não parar nem me alegrar ou tentar. E, por isso, alheia à minha dor, continua a cair e a fazer propositadamente um ruído cada vez maior, só para acentuar o silêncio.
Não choro. Não tenho forças nem nada mais para chorar. Não quero dar parte fraca e sofredora a esse mundo que jamais me pertencera.
Tento levantar-me, mas caio logo de seguida, como se tivesse sido puxada pelo chão para ele. Deito-me e fecho os olhos. Tento dormir e não pensar. Mas sonho acordada e, por muito que me tente desfazer do sonho, ele persegue-me e magoa-me mais, por me fazer relembrar o quão só estou.
Crio monólogos, mas logo me farto.
De repente, levanto-me e começo a fazer barulho. Bato palmas, falo alto, tento ser mais que a chuva maldita e nem isso consigo!
Sinto-me frustrada e frustradamente sozinha!
Sento-me de novo e rendo-me ao meu nobre silêncio, enquanto faço a chuva sentir-se vitoriosa e apoderar-se de tudo o que de mim resta.
Ao menos ela tem a decência de se incomodar com a minha presença e existência.
Fui tudo sou nada.
Quero chorar e confessar-me, quero ser ouvida pelas vozes que só na minha mente guardo.
Oiço o barulho ensurdecedor que as gotas de chuva produzem quando entram em contacto com o mesmo chão onde me vejo sentada. Sozinha no silêncio, falo e só a mim me oiço.
Oiço o meu nome na chuva e não lhe respondo.
Perdi a minha identidade pois perdi o meu rumo e, até, o caminho de casa. Não quero regressar, nem sei já fazê-lo, nem sequer as minhas pessoas de outrora querem que o faça.
Estou sozinha e presa à minha infelicidade.
– Que se me mostre uma luz! – Grito.
A minha voz ecoa entretida por entre as paredes caiadas que me cercam. Tudo permanece indiferente como dantes.
A chuva teima em não parar nem me alegrar ou tentar. E, por isso, alheia à minha dor, continua a cair e a fazer propositadamente um ruído cada vez maior, só para acentuar o silêncio.
Não choro. Não tenho forças nem nada mais para chorar. Não quero dar parte fraca e sofredora a esse mundo que jamais me pertencera.
Tento levantar-me, mas caio logo de seguida, como se tivesse sido puxada pelo chão para ele. Deito-me e fecho os olhos. Tento dormir e não pensar. Mas sonho acordada e, por muito que me tente desfazer do sonho, ele persegue-me e magoa-me mais, por me fazer relembrar o quão só estou.
Crio monólogos, mas logo me farto.
De repente, levanto-me e começo a fazer barulho. Bato palmas, falo alto, tento ser mais que a chuva maldita e nem isso consigo!
Sinto-me frustrada e frustradamente sozinha!
Sento-me de novo e rendo-me ao meu nobre silêncio, enquanto faço a chuva sentir-se vitoriosa e apoderar-se de tudo o que de mim resta.
Ao menos ela tem a decência de se incomodar com a minha presença e existência.