Passaram dias e dias. Passou um ano inteiro e a música que te descreve continua a mesma. A mesma composição, o mesmo ritmo, cada verso…
Devia ser passado, devia ser qualquer coisa que se desvia, que passa ao lado, que não me atinge, mas antes pelo contrário, fere-me como se fosse ontem. Como se as palavras para ti fossem só qualquer coisa que a tua boca sabe exprimir, mas que nem sabes bem o porquê nem o que querem dizer. Simplesmente dizes porque é do momento, qualquer coisa que se adequa, que fica bem. Pensei que de sinceridade vivesse o mundo, mas é o contrário. Desta ele só mingua. A força está na mentira e todos se cobrem dela porque por alguma razão que não entendo se acham felizes por viverem encavernados, sem luz, nem paz, nem amor.
Amor. Palavra tão aguada, tão solta, tão comum e tão difícil de encontrar a sua verdadeira acepção. Klee afirma que “a arte não produz o visível, mas torna-o visível”. Eu alego que o amor é mais visível quando invisível. É qualquer coisa de inconstante que não se pensa. Ou é ou não é. E quem a sente, sabe-lo. Não precisa de o tornar visível porque já o é.
Julgo-me estrangeira e chamam-me tão vulgar. Todos dizem que o sistema é verdadeiro, mas é na realidade uma falácia que ninguém se apercebe. Estarei sozinha?
Devia ser passado, devia ser qualquer coisa que se desvia, que passa ao lado, que não me atinge, mas antes pelo contrário, fere-me como se fosse ontem. Como se as palavras para ti fossem só qualquer coisa que a tua boca sabe exprimir, mas que nem sabes bem o porquê nem o que querem dizer. Simplesmente dizes porque é do momento, qualquer coisa que se adequa, que fica bem. Pensei que de sinceridade vivesse o mundo, mas é o contrário. Desta ele só mingua. A força está na mentira e todos se cobrem dela porque por alguma razão que não entendo se acham felizes por viverem encavernados, sem luz, nem paz, nem amor.
Amor. Palavra tão aguada, tão solta, tão comum e tão difícil de encontrar a sua verdadeira acepção. Klee afirma que “a arte não produz o visível, mas torna-o visível”. Eu alego que o amor é mais visível quando invisível. É qualquer coisa de inconstante que não se pensa. Ou é ou não é. E quem a sente, sabe-lo. Não precisa de o tornar visível porque já o é.
Julgo-me estrangeira e chamam-me tão vulgar. Todos dizem que o sistema é verdadeiro, mas é na realidade uma falácia que ninguém se apercebe. Estarei sozinha?