Não me sinto cinza, nem pó que nem varrido é. Sinto-me antes incompreendida.
Tento verbalizar emoções, aventuro-me no impossível. Ou então falo algo num idioma ininteligível como quem fala um bom Português.
Se te pudesse explicar que a tua presença faz-me tanta diferença quando apartada.
Se te pudesse aclarar o quanto é bom saber que o teu abraço me envolve e que lá caibo tão bem.
Se te pudesse explicar o quanto eu não “arredava de ao pé de ti” só para te ver, exactamente oposto a mim, no estilo, na forma de estar e nas filosofias de vida. Talvez, então, tudo fosse mais acessível, interpretável, em suma, talvez tudo fosse mais fácil.
Se conseguisse captar uns minutos da tua atenção, já me traria mais do que um sorriso. Se te desses ao trabalho de me querer conhecer, descobririas que há coisas tão banais na vida que são tão desvalorizadas por tantos e que para mim não existe nada mais intrinsecamente afável.
Descobririas que precisas de tão pouco para me ver sorrir. Aliás, com uns minutos de atenção, percebes o quanto sou feliz contigo, quando te sinto comigo e sinto que estás lá para mim.
Perceberias que quando falo deste modo não quer, porém, dizer que não está tudo bem quando não usufruo da tua notável comparência. Apenas quero que entendas que nós podemos ser aceites tal e qual como somos, mas é tão bom explorar o antagónico.
Nunca pensaste em mim como um desafio claramente, porque eu posso dizer-te, com franqueza, que não conheces nem metade. E digo-te também que, sendo sincera, também não conheço metade de ti, mas tento, tento e só eu sei o quanto rio com a idiotice do meu pensar vezes sem conta. Pelas novelas e filmes que crio, em algo que já vai buscar os dramatismos mexicanos e que, na realidade, os filmes imaginados não passam disso mesmo, de ridículas fantasias muitas vezes sem nexo.
Mas, como disse, tudo não passa de um desafio. Porque o conhecermos e aprovarmos os outros só irá alargar o conhecimento que temos de nós próprios e que tantas vezes nos é estranho.
É triste saber que não queres pensar no pouco que rabisco e, se calhar, não passo de alguém que te importuna e que, como já me disseste, se chateia por tudo e por nada.
Se calhar é mesmo isso, ou talvez seja simplesmente o não passares pelo mesmo que te faz falta.
Pois a sorte é algo inconstante e a confiança é algo que se adquire com o tempo e que não os é dada à partida. Cada um sabe com quantos paus se faz uma canoa e qual o melhor caminho a seguir.
Penso que de nada mais me vale escrever, falar, comunicar com os meios insuficientes que tenho porque, sendo insuficientes, não trarão nada de novo, pois carecem da vontade de interpretar aquilo que nos custa tantas vezes ouvir. A bela de uma crítica.
Tento verbalizar emoções, aventuro-me no impossível. Ou então falo algo num idioma ininteligível como quem fala um bom Português.
Se te pudesse explicar que a tua presença faz-me tanta diferença quando apartada.
Se te pudesse aclarar o quanto é bom saber que o teu abraço me envolve e que lá caibo tão bem.
Se te pudesse explicar o quanto eu não “arredava de ao pé de ti” só para te ver, exactamente oposto a mim, no estilo, na forma de estar e nas filosofias de vida. Talvez, então, tudo fosse mais acessível, interpretável, em suma, talvez tudo fosse mais fácil.
Se conseguisse captar uns minutos da tua atenção, já me traria mais do que um sorriso. Se te desses ao trabalho de me querer conhecer, descobririas que há coisas tão banais na vida que são tão desvalorizadas por tantos e que para mim não existe nada mais intrinsecamente afável.
Descobririas que precisas de tão pouco para me ver sorrir. Aliás, com uns minutos de atenção, percebes o quanto sou feliz contigo, quando te sinto comigo e sinto que estás lá para mim.
Perceberias que quando falo deste modo não quer, porém, dizer que não está tudo bem quando não usufruo da tua notável comparência. Apenas quero que entendas que nós podemos ser aceites tal e qual como somos, mas é tão bom explorar o antagónico.
Nunca pensaste em mim como um desafio claramente, porque eu posso dizer-te, com franqueza, que não conheces nem metade. E digo-te também que, sendo sincera, também não conheço metade de ti, mas tento, tento e só eu sei o quanto rio com a idiotice do meu pensar vezes sem conta. Pelas novelas e filmes que crio, em algo que já vai buscar os dramatismos mexicanos e que, na realidade, os filmes imaginados não passam disso mesmo, de ridículas fantasias muitas vezes sem nexo.
Mas, como disse, tudo não passa de um desafio. Porque o conhecermos e aprovarmos os outros só irá alargar o conhecimento que temos de nós próprios e que tantas vezes nos é estranho.
É triste saber que não queres pensar no pouco que rabisco e, se calhar, não passo de alguém que te importuna e que, como já me disseste, se chateia por tudo e por nada.
Se calhar é mesmo isso, ou talvez seja simplesmente o não passares pelo mesmo que te faz falta.
Pois a sorte é algo inconstante e a confiança é algo que se adquire com o tempo e que não os é dada à partida. Cada um sabe com quantos paus se faz uma canoa e qual o melhor caminho a seguir.
Penso que de nada mais me vale escrever, falar, comunicar com os meios insuficientes que tenho porque, sendo insuficientes, não trarão nada de novo, pois carecem da vontade de interpretar aquilo que nos custa tantas vezes ouvir. A bela de uma crítica.